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domingo, 26 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
MOVIMENTOS BÁSICOS DA CAPOEIRA
Meia Lua de Compasso:
Martelo:
Ginga:
O movimento básico de Capoeira. Em vez de o capoeirista se fixar numa posição, ele está sempre em movimento, efetuando esta espécie de dança, não devendo cruzar uma perna atrás da outra. Os braços sempre devem estar protegendo o rosto. O braço que vai à frente é o mesmo da perna que está atrás.
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Aú:
Também conhecido como Aú Regional
pode ser usado na Capoeira para entrar na roda
e também como uma forma rápida
de fugir ou enganar o "adversário".
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Aú Angola:
O Aú Angola é um Aú, mas este é apenas utilizado na Capoeira Angola. A diferença do Aú (acima) é o fato de se dobrarem os joelhos na execução do movimento.
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Cocorinha:
A Cocorinha é um método evasivo, a fim de evitar
pontapés circulares efetuados em curta distância.
Neste movimento é necessário que a mão que
toca no solo mantenha o equilíbrio, e, tal como
em todos os movimentos e "jogo" capoeirista,
é necessário manter sempre o contato
visual com o adversário.
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Rolê:
O Rolê trata-se de um meio de se movimentar na "Roda", tal como a Ginga e o Aú. Sempre preste atenção no seu oponente!
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Chapa de Costas:
O Chapa de Costas é um movimento de
Capoeira Angola, consiste num pontapé,
efeuado de costas para o adversário,
normalmente de forma a atingir a cabeça
ou o tronco do oponente.
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Benção:
Trata-se de um pontapé frontal, utilizado quer na Capoeira Regional quer na Capoeira Angola, que consiste num movimento de força que pode surpreender o oponente. Repare no movimento do joelho. O Capoeirista levanta a joelho, deixando o adversário sem a certeza se este irá fazer a Benção, o Martelo ou qualquer outro pontapé frontal com o mesmo tipo de movimento.
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Ponteira:
É muito parecido com a Benção, mas
trata-se de fato de um movimento bem
diferente, visto que é bem mais rápido
e imprevisível. Na Ponteira, o capoeirista
não levanta o joelho, mas levanta logo
a perna num movimento arqueado,
apenas dobra um pouco a perna
na subida de modo a atingir com maior
impacto o peito ou estômago do oponente.
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Meia Lua de Frente:
A partir da Ginga levanta-se a perna de trás e roda-se numa trajetória correspondente a semi-círculo. É necessário que, no movimento, não se perca a orientação. Para melhor equilibrio, empurram-se os braços em sentido contrário.
Também conhecida como Rabo de Arraia.
Tal como na Meia Lua de Frente, levanta-se
a perna e roda-se de modo a se fazer um
semi-circulo, mas esta é feita com ambas
as mãos no chão e de costas voltadas
para o oponente. É um movimento muito
comum na Capoeira, que para ser eficaz
deve ser efetuado muito rapidamente.
O Capoeirista também deve ter cuidado
ao levantar a cabeça, porque
normalmente este movimento
é respondido também com qualquer
tipo de Meia Lua.
Armada:
Trata-se de um pontapé rodado muito comum em Capoeira. Parecido com uma Meia Lua, devido à rotação, começa-se, como quase sempre, a partir da Ginga. Neste caso não existe apenas um rotação da perna, mas também uma importante rotação de corpo.
Pontapé comum em Capoeira. É
necessário um bom alongamento de pernas
e equilíbrio. Tal como na Benção é
necessária a elevação de joelho, mas
a movimentação da perna é feita num
ângulo diferente. O Martelo é muito
Regional, muito competitivo, forte e rápido.
Golpes de capoeira
Os golpes de capoeira podem ser divididos em golpes de linha e golpes rodados, entretanto também podem ser divididos em golpes traumatizantes e desequilibrantes. Lembrando que os nomes dos golpes podem se alterar de região para região. Um mesmo golpe pode ter outro nome em outro lugar, ou um mesmo nome pode significar um golpe em um lugar e outro golpe diferente em outro lugar/região.Golpes TraumatizantesOs golpes traumatizantes são golpes ofensivos, golpes que podem causar danos ao adversário. Apesar de a maioria das vezes, em rodas ou treinamento o dano não é desejado, então o golpe fica apenas para incentivar a esquiva do adversário.
- Armada ou meia-lua de costas: a armada aplica-se estando em pé. Através de um movimento de rotação, um pé fica firme ao chão enquanto o outro sobe varrendo a horizontal atingindo o adversário com a parte externa do pé.
- Arpão: golpe no qual derruba o adversário como uma arpa.
- golpe aplicado com a mão fechada (soco) contra o nariz e/ou boca do oponente.
- Chapa ou chapa de chão: coice aplicado com uma das pernas estando em posição de rolê (com as duas mãos e pés ao chão, com o corpo virado para o chão e as costas para cima).
- Chibata: estando na posição de início ou término do aú, o aplicante bate com o pé que está no alto batendo com o peito do pé e girando para voltar à base de ginga.
- Corta Eucalipto: golpe caracterizado pela neocapoeira como o mais potente. Aproxima-se do oponente, vira-se tronco e braços e salta. Quando está no ar, contrai-se as pernas como uma tesoura a ser usada na perna ou na cabeça do adversário.
- Cotovelada: golpe com o cotovelo em qualquer parte do corpo do adversário.
- Escorão, pisão, chapa, ou chapa de frente: aplica-se em pé distendendo a perna de trás em movimento de coice acertando o adversário com a planta do pé. Este golpe pode visar empurrar (derrubando) o adversário o traumatizá-lo.
- Esporão, chapa rodada ou chapa de costas: aplica-se o escorão, porém a perna de trás passa por trás do aplicante em um movimento de giro semelhante à armada.
- Forquilha: é a ação de introduzir um ou mais dedos nos olhos do adversário.
- Escala de mão: golpe semelhante ao soco. Aplica-se com a mão aberta e os dedos encolhidos utilizando a base da mão. Estando a palma da mão voltada para o adversário. Normalmente é aplicado contra a face do adversário.
- Galopante: aplica-se uma mão em forma de concha contra o ouvido do adversário.
- Gancho: estando em pé, a perna de trás sobe junto com um giro do tronco invertendo o lado do golpe fazendo com que o chute seja dado com o calcanhar ou a planta do pé no rosto do adversário
- Martelo: estando em pé, a perna de trás sobe lateralmente, flexionada depois estende-se para atingir o adversário. Também pode ser aplicado com uma mão apoiando-se no chão, onde a mão que vai ao chão é a oposta à perna que aplica o golpe.
- Meia-lua de compasso: também conhecida por rabo-de-arraia, sendo a meia-lua de compasso uma variação do golpe rabo-de-arraia que vem da capoeira de Angola. Ficando de lado, agacha-se sobre a perna da frente, estendendo a perna de trás. Faz-se um movimento de rotação varrendo a horizontal com a perna de trás esticada, apoiando-se na perna da frente, terminando em posição de ginga. O corpo do aplicante fica rente à perna da frente sobre a qual ele está agachado. O aplicante pode colocar as duas mãos ao chão para aumentar a sua segurança, ou apenas uma ou nenhuma mão.
- Meia-lua de frente: estando com as pernas lado a lado, lança-se uma das mesmas estica varrendo a horizontal em um movimento de rotação fazendo a trajetória de uma meia-lua. Acerta-se o adversário com a parte interna do pé.
- Ponteira: golpe que atinge o adversário com a perna de trás utilizando a parte debaixo dos dedos, na planta do pé, semelhante ao bicão/bicuda do futebol. Normalmente, mira-se a região abdominal do adversário.
- Queixada ou queixada de costas: aplica-se em pé, estando em base de uma perna e estendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora. A parte que atinge o adversário é a parte lateral externa do pé.
- Rabo-de-arraia: golpe semelhante à meia-lua de compasso, porém no estilo da capoeira de Angola. Tecnicamente são o mesmo golpe, sendo um, uma variação do outro.
- Chibata: salto mortal para frente, onde um ou os dois pés visam atingir o adversário com o(s) calcanhar(es). Também podem ser aplicado apoiando as mãos no chão.
- Vôo do morcego ou voadora: dá um salto e estende-se uma ou as duas pernas visando atingir o adversário. Este golpe também é popularmente conhecido como "voadora".
- Corta Grama: é aplicado com uma rasteira em posição de negativa mas fazendo um giro completo caindo na posição de rolê.
Golpes Desequilibrantes
- Abertura: também conhecido como escala de pé. O aplicante coloca suas duas pernas entre as pernas do adversário e abre-as e puxa-as forçando a abertura excessiva das pernas do adversário desequilibrando-o.
- Arrastão da negativa: estando em posição de negativa, coloca-se a perna estendida atrás de uma das pernas do adversário e aplica-se um puxão, visando derrubá-lo.
- Banda ou pé-de-rodo: estando em pé, aplica-se uma rasteira com a perna semi-flexionada. Também conhecida popularmente como "pé-de-rodo".
- Banda de costas: também conhecida como banda trançada. Estando em pé, coloca-se uma das pernas atrás de uma das pernas do adversário, então puxa a perna podendo empurrar o adversário para frente com o corpo ou braço.
- Bênção: estando em base de ginga, atinge-se o adversário com perna de trás, usando a planta dos pés. Assim, o aplicante empurra o adversário.
- Boca de calça: puxam-se as duas pernas do adversário com as mãos, podendo ajudar com uma cabeçada.
- Cabeçada: ato de empurrar o adversário com a cabeça. Também pode ser usado como golpe traumatizante, acertando com força o abdômen ou outra parte do corpo do adversário.
- Crucifixo: ao receber um golpe de perna alta, o aplicante aproxima-se do adversário, colocando a perna do adversário sobre seu ombro. Assim, o aplicante levanta ainda mais a perna do adversário desequilibrando-o. Normalmente aplicado contra golpes giratórios altos como a armada ou contra o martelo.
- Gancho: puxa a perna do adversário, por trás, usando a própria perna em forma de gancho. O aplicante pode estar em pé, ou apoiado em uma das mãos.
- Rasteira de mão: puxa-se a perna de apoio do adversário quando este está aplicando um golpe (normalmente, golpe de giro alto) usando as mãos. Golpe utilizado em raríssimas oportunidades.
- Rasteira: passa a perna rente ao chão em um movimento circular ou semicircular puxando a perna do adversário desequilibrando-o. Pode ser aplicada estando em pé ou abaixado.
- Tesoura: envolve o adversário com as pernas e depois gira o corpo para desequilibrá-lo. A mesma pode ser aplicada no chão por trás ou pela frente. Também pode ser aplicada no alto, salta-se antes de aplicar a mesma, que também pode ser pela frente ou por trás.
- Tombo da ladeira: golpe que visa derrubar o adversário quando ele aplica um golpe com salto ou faz acrobacias. Pode ser através de um escorão, puxão no pé, entre outros.
- Vingativa: aproxima-se rapidamente do adversário (normalmente logo após um golpe), coloca-se lado a lado com ele e com uma das pernas atrás servindo de apoio e aplica-se um empurrão com o cotovelo, costas, ou cabeça para trás. A perna que fica por trás do adversário é a que estiver lado a lado com a perna do oponente.
[editar]
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Sua origem se perde na poeira dos milênios, porque o instrumento nada mais é que um modelo de arco, um dos primeiros instrumentos usados pelo homem para produzir sons, há quase 20 mil anos. A grande dúvida dos estudiosos, até hoje sem resposta, é se foi o arco usado para atirar flechas que deu origem ao arco musical - tataravô do berimbau - ou se ocorreu o contrário. Seja como for, o instrumento ganhou a forma que tem hoje entre as antigas tribos nativas africanas. Tudo indica que ele teria chegado ao Brasil já em 1538, junto com os primeiros escravos. Aqui, ele passou a ser identificado como elemento típico da capoeira. "O berimbau é a alma dessa mistura de dança e arte marcial, definindo tanto os movimentos quanto o ritmo", afirma a historiadora Rosângela Costa Araújo, doutoranda na USP e fundadora do Grupo Nzinga de capoeira-angola. Isso não significa, porém, que seu som hipnótico se mantenha restrito às rodas de luta.
Na África, ele marca presença como acompanhamento musical de rituais fúnebres - e no Brasil também foi usado, no século XIX, por escravos recém-libertados para atrair compradores para os doces que vendiam nas ruas. Apesar do jeitão de objeto improvisado, o berimbau é um instrumento sofisticado, capaz de emitir várias sonoridades. Numa roda de capoeira autêntica, ele costuma aparecer em trio, cada um com um diferente tamanho de cabaça (sua caixa de ressonância). Quanto maior ela for, mais grave é o som.
Percussão sofisticadaPara tocar berimbau é preciso dominar seus sete componentes
Baqueta
A vareta de madeira, que mede entre 30 e 40 cm, é batida contra a corda para emitir o som
Dobrão
Normalmente é uma moeda velha - mas há quem use uma pedra em seu lugar. Ela é segurada entre o polegar e o indicador da mão esquerda e faz variar as notas emitidas pelo berimbau, dependendo da pressão que faz na corda
Cabaça
O fruto seco e limpo da cabaceira (árvore comum no norte do Brasil) tem o formato de uma cuia e funciona como caixa de ressonância
Verga
O arco, com cerca de 1,60 m de comprimento, é feito geralmente do caule de um arbusto chamado biriba, comum no Nordeste
Corda
O fio de arame de aço bem esticado costuma ser arrancado de pneus radiais
Amarração da cabaça
O barbante que prende a cabaça à verga ajuda a passar para ela o som emitido pela corda
Caxixi
O pequeno chocalho (com pedrinhas, sementes ou búzios) reforça a marcação do ritmo...
Baqueta
A vareta de madeira, que mede entre 30 e 40 cm, é batida contra a corda para emitir o som
Dobrão
Normalmente é uma moeda velha - mas há quem use uma pedra em seu lugar. Ela é segurada entre o polegar e o indicador da mão esquerda e faz variar as notas emitidas pelo berimbau, dependendo da pressão que faz na corda
Cabaça
O fruto seco e limpo da cabaceira (árvore comum no norte do Brasil) tem o formato de uma cuia e funciona como caixa de ressonância
Verga
O arco, com cerca de 1,60 m de comprimento, é feito geralmente do caule de um arbusto chamado biriba, comum no Nordeste
Corda
O fio de arame de aço bem esticado costuma ser arrancado de pneus radiais
Amarração da cabaça
O barbante que prende a cabaça à verga ajuda a passar para ela o som emitido pela corda
Caxixi
O pequeno chocalho (com pedrinhas, sementes ou búzios) reforça a marcação do ritmo...
A História
A Puxada de Rede, era a atividade pesqueira dos negros recém-libertos, que encontraram na pesca do “xaréu” uma forma de sobreviverem, seja no comércio, seja para seu próprio sustento. Nos meses decorrentes entre outubro e abril, esses peixes procuravam as águas quentes do litoral nordestino afim de procriarem. Então era a época certa para lançarem a rede ao mar.
Era uma atividade muito laboriosa. Exigia-se um esforço tremendo e um número muito grande de homens para a tarefa. Os pescadores iam para o mar de madrugada ou às vezes até à noite, para lançar a enorme rede, para só então de manhã puxarem. A puxada da rede era acompanhada de cânticos na maioria em ritmo triste que representavam o labor e a dificuldade da vida daqueles que tiram o seu sustento do mar.
Além dos cânticos, os atabaques e as batidas sincronizadas dos pés davam o ritmo para que os homens não desanimassem e continuassem a puxar a enorme rede, o que paradoxalmente dava um ar de ritual e beleza àquela atividade. Quando enfim terminavam de puxar a rede, eram entoados cânticos em agradecimento à pescaria e o peixe era partilhado entre os pescadores e começava o festejo em comemoração.
A Lenda
Alguns contam que o ritual da Puxada de Rede começou com uma lenda.
Um pescador saiu à noite para pescar com seus companheiros, como de costume e apesar da advertência de sua mulher que o repreendeu acerca dos perigos de se entrar em alto mar à noite, se embrenhou na imensa escuridão do mar negro da noite, levando consigo apenas um a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. Sua esposa pressentindo algo ruim, foi para a beira da praia esperar o regresso do marido. Quando esta menos esperava se surpreendeu com a visão dos pescadores voltando do mar muito antes do horário previsto. Todos os pescadores voltaram com exceção do seu marido que por descuido havia caído no mar e como estava escuro nada puderam fazer. A recém viúva cai em prantos. De manhã os pescadores ao puxarem a rede percebem que estava muito pesada para uma pescaria ruim e ao terminarem de puxar a rede vêem o corpo do companheiro junto aos poucos peixes que pescaram. Os companheiros então carregam o corpo do pescador nos ombros em procissão, pois não tem dinheiro o suficiente para pagar uma urna e fazer um enterro digno.
Hoje
E foi assim que mesmo após a pesca do xaréu, quase se extiguir, que a Puxada de Rede se tornou parte do folclore brasileiro. Hoje a Puxada de Rede como manifestação folclórica é encenada nas praias de Armação, Carimbamba e Chega Nego. Todas na Bahia. Durante a festa trabalham 126 homens, sendo 3 com funções especiais que são respectivamente, chefe, chefe de mar e chefe de terra, os outros 123 tem funções como catadores, homens de mar e homens de terra. São necessários 5 meses para a confecção da rede e mais de um kilometro de corda. Durante a encenação são entoados cantigas escravas como no tempo dos antepassados
Muitos grupos de Capoeira também, apresentam o ritual da Puxada de Rede, assim como o Maculelê, preservando assim, mais um elemento importante da nossa cultura e principalmente evitando que caia no esquecimento.
domingo, 5 de agosto de 2012
O
samba de roda, como o próprio nome diz, se caracteriza por uma roda
em que as mulheres, e também os homens, começam a sambar de tal
forma, que todos os capoeiristas presentes acabam entrando no samba.
As rodas são sempre animadas e cheias de alto astral e nelas, as
mulheres mostram toda sua sensualidade de uma maneira graciosa.
Geralmente, o samba de roda começa após o encerramento das rodas de
capoeira gerando a descontração de todos.
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música.Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias. Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.
O QUE É MACULELÊ?
Maculelê é um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira eindígena.O maculelê em sua origem era uma arte marcial armada, mas atualmente é uma forma de dança que simula uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música. Num grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que dá um bonito efeito visual pelas faíscas que saem após cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras como a Capoeirae o frevo.Popó do Maculelê foi um dos responsáveis pela sua divulgação, formando um grupo com seus filhos, netos e outros habitantes da Rua da Linha, em Santo Amaro, chamado Conjunto de Maculelê de Santo Amaro da Purificação. Existem também outras comunidades, como a comunidade quilombola Monte Alegre, no sul do município de Cachoeiro de Itapemirim, onde o maculelê ainda é passado de geração em geração, com o objetivo de não perder a cultura tradicional. História
A verdadeira origem do maculelê é desconhecida, existindo diversas lendas a seu respeito. Estas lendas, naturalmente, vieram da tradição oral característica às culturas afro-brasileira e indígena da época do Brasil Colônia e inevitavelmente sofreram alterações ao longo do tempo.Em uma delas conta-se que Maculelê era um negro fugido que tinha doença de pele. Ele foi acolhido por uma tribo indígena e cuidado pelos mesmos, mas ainda assim não podia realizar todas as atividades com o grupo, por não ser um índio. Certa vez Maculelê foi deixado sozinho na aldeia, quando toda a tribo saiu para caçar. Eis que uma tribo rival aparece para dominar o local. Maculelê, usando dois bastões, lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo.
Outra lenda fala do guerreiro indígena Maculelê, um índio preguiçoso e que não fazia nada certo; por esta razão, os demais homens da tribo saíam em busca de alimento e deixavam-no na tribo com as mulheres, os idosos e as crianças. Uma tribo rival ataca, aproveitando-se da ausência dos caçadores. Para defender a sua tribo, Maculelê, armado apenas com dois bastões já que os demais índios da sua tribo haviam levado todas as armas para caçar, enfrenta e mata os invasores da tribo inimiga, morrendo pelas feridas do combate. Maculelê passa a ser o herói da tribo e sua técnica reverenciada.Existem diferentes versões para cada lenda, mas a maioria mantém como base o ataque rival, a resistência solitária e a improvisação dos dois bastões como arma. O maculelê atual, usando a dança com bastões, simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros rivais.Estudos desenvolvidos por Manoel Querino (1851-1923) apontam indicações de que o maculelê poderia ser um fragmento do Cucumbi, apesar das notáveis diferenças.O maculelê é uma dança que pode envolver mulheres e homens.IndumentáriasHoje em dia a maioria das apresentações de maculelê usam como vestimenta as saias feitas de sisal, além de pintura corporal tradicionalmente indígena. Contudo outros praticantes preferem os abadás brancos típicos da Capoeira, enquanto outros se utilizam de vestimentas típicas das tribos africanas Iorubá, com calças e camisas feitas de algodão cru.O atabaque é o principal instrumento no maculelê.[editar]
Manoel dos Reis Machado
Mestre Bimba: Manoel dos Reis Machado nasceu em Salvador, Bahia, a 23 de novembro de 1900, no bairro do Engenho Velho, freguesia de Brotas. Seu apelido ele ganhou logo que nasceu, segundo ele, em virtude de uma aposta feita entre sua mãe e a parteira. Sua mãe, dona Maria Martinha do Bonfim, dizia que daria luz a uma menina. A parteira afirmava que seria homem. Apostaram: perdeu dona Maria e o filho, Manoel, ganhou o apelido que lhe acompanharia pela vida inteira (Bimba é como se conhece na gíria da Bahia o órgão genital masculino). Era filho de Luís Cândido Machado,batuqueiro famoso do bairro (batuque - “a luta braba, com quedas, com a qual o sujeito jogava o outro no chão” - .
Começou a aprender capoeira com 12 anos de idade, na antiga Estrada das Boiadas, hoje bairro da Liberdade, em Salvador, com um africano chamado Bentinho, capitão da Cia. de Navegação Baiana.
Mestre Bimba: Manoel dos Reis Machado nasceu em Salvador, Bahia, a 23 de novembro de 1900, no bairro do Engenho Velho, freguesia de Brotas. Seu apelido ele ganhou logo que nasceu, segundo ele, em virtude de uma aposta feita entre sua mãe e a parteira. Sua mãe, dona Maria Martinha do Bonfim, dizia que daria luz a uma menina. A parteira afirmava que seria homem. Apostaram: perdeu dona Maria e o filho, Manoel, ganhou o apelido que lhe acompanharia pela vida inteira (Bimba é como se conhece na gíria da Bahia o órgão genital masculino). Era filho de Luís Cândido Machado,batuqueiro famoso do bairro (batuque - “a luta braba, com quedas, com a qual o sujeito jogava o outro no chão” - .
Começou a aprender capoeira com 12 anos de idade, na antiga Estrada das Boiadas, hoje bairro da Liberdade, em Salvador, com um africano chamado Bentinho, capitão da Cia. de Navegação Baiana.
Tornou-se um exímio praticante da capoeira em sua forma tradicional, destacando-se pela espetacular habilidade combativa.
Na época em que começou a praticar, a Capoeira ainda era bastante perseguida, e Bimba contava:
“Naquele tempo, Capoeira era coisa para carroceiro, trapicheiro, estivador e malandros. Eu era estivador, mas fui um pouco de tudo. A Polícia perseguia um capoeirista como se persegue um cão danado. Imagine só que um dos castigos que davam a capoeiristas que fossem presos brigando era amarrar um punho num rabo de cavalo e o outro em cavalo paralelo; os dois cavalos eram soltos e postos a correr em disparada até o quartel. Comentavam até, por brincadeira, que era melhor brigar perto do quartel, pois houve muitos casos de morte. O indivíduo não agüentava ser arrastado em disparada pelo chão e morria antes de chegar ao seu destino: o quartel de polícia.”Depois, descontente com a descaracterização pela qual passava a capoeira, transformada em “prato do dia” para pseudo-capoeiristas, que a utilizavam apenas em exibições nas praças, para os turistas, Mestre Bimba introduziu modificações importantes nos códigos da capoeira, vindo por isso a ser chamado de “o Lutero da Capoeira”.
Foi o primeiro capoeirista a constituir academia de capoeira, em 1932, no Engenho Velho de Brotas, e o primeiro a conseguir registro oficial do governo para a sua academia, chamada Centro de Cultura Física e Luta Regional, “num período em que o Brasil caminhava para o pleno regime de força e que as leis penais consideravam os capoeiristas como delinqüentes perigosos” (teve o cuidado de retirar a palavra “Capoeira” da academia que fundou). O ensino de sua capoeira foi qualificado pela então Secretaria da Educação, Saúde e Assistência Pública como ensino de educação física. Suas inovações (entre as quais a introdução de uma metodologia de ensino) originaram uma “nova visão de mundo” no ambiente da capoeira. A partir de suas modificações a Capoeira começou a ganhar alunos da classe média branca. Mestre Bimba deu ares atléticos ao jogo e atraiu as mulheres, até então excluídas das rodas.
Mestre Pastinha
Vicente Joaquim Ferreira Pastinha (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), foi um dos principais mestres de Capoeira da história.[1]Mais conhecido por Mestre Pastinha, nascido em 1889 dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no 'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu tinha uns dez anos - eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a gente se pegava em briga. Só sei que acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de vergonha e de tristeza." A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria todos os anos da sua longa existência.[1]"Um dia, da janela de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga da gente. Vem cá, meu filho, ele me disse, vendo que eu chorava de raiva depois de apanhar. Você não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia. Foi isso que o velho me disse e eu fui". Começou então a formação do mestre que dedicaria sua vida à transferência do legado da Cultura Africana a muitas gerações. Segundo ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por Benedito, o africano seu professor. "Ele costumava dizer: não provoque, menino, vai botando devagarinho ele sabedor do que você sabe (…). Na última vez que o menino me atacou fiz ele sabedor com um só golpe do que eu era capaz. E acabou-se meu rival, o menino ficou até meu amigo de admiração e respeito."[1]
Foi na atividade do ensino da Capoeira que Pastinha se distinguiu. Ao longo dos anos, a competência maior foi demonstrada no seu talento como pensador sobre o jogo da Capoeira e na capacidade de comunicar-se. Os conceitos do mestre Pastinha formaram seguidores em todo Brasil. A originalidade do método de ensino, a prática do jogo enquanto expressão artística formaram uma escola que privilegia o trabalho físico e mental para que o talento se expanda em criatividade. Foi o maior propagador da Capoeira Angola, modalidade "tradicional" do esporte no Brasil.[1]
Em 1941, fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), noLargo do Pelourinho, na Bahia. Hoje, o local que era a sede de sua academia é um restaurante do Senai.[1]
Em 1966, integrou a comitiva brasileira ao primeiro Festival Mundial de Arte Negra no Senegal, e foi um dos destaques do evento. Contra a violência, o Mestre Pastinha transformou a capoeira em arte. Em 1965, publicou o livro Capoeira Angola, em que defendia a natureza desportista e não-violenta do jogo.[1]
Entre seus alunos estão Mestres como João Grande, João Pequeno, Curió, Bola Sete (Presidente da Associação Brasileira de Capoeira Angola), entre muitos outros que ainda estão em plena atividade. Sua escola ganhou notoriedade com o tempo, frequentada por personalidades como Jorge Amado, Mário Cravo e Carybé, cantada por Caetano Veloso no disco Transa (1972). Apesar da fama, o "velho Mestre" terminou seus dias esquecido. Expulso do Pelourinho em 1973 pela prefeitura, sofreu dois derrames seguidos, que o deixaram cego e indefeso. Morreu aos 93 anos.[1]
Durante décadas, dedicou-se ao ensino da Capoeira, e mesmo quando cego não deixava de acompanhar seus alunos. Vicente Ferreira Pastinha morreu no ano de 1981, mas continua vivo nas rodas, nas cantigas, no jogo.
"Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras: Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento: Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista."[1]
Passeata e Batizado de Capoeira em Alto Jequitibá - Minas Gerais.
Grupo de Capoeira
No domingo 16 de maio de 2010, ocorreu uma passeata pela cidade, dos alunos do Grupo de Capoeira Memória do Mestre Canjiquinha (Mestre Cal) que terminou no Ginásio Poliesportivo Júlio Oliveira dos Santos, onde os alunos se apresentaram.
Estiveram presentes o Vice Prefeito Carlos Roberto Celestino, o Vereador Antônio Fonseca, o Vereador Alexandro e o Secretário Municipal de Cultura Esporte, Lazer e Turismo, Fernando Faria, amparando e apoiando o Esporte da Capoeira e a Cultura que ela representa.
Em seguida deu início a cerimônia de entrega do Certificado e troca de cordões.
Este foi mais um compromisso de colaboração nos eventos voltada a Cultura, Lazer e Esporte da Administração 2009 / 2010 e Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo.
Grupo de Capoeira
No domingo 16 de maio de 2010, ocorreu uma passeata pela cidade, dos alunos do Grupo de Capoeira Memória do Mestre Canjiquinha (Mestre Cal) que terminou no Ginásio Poliesportivo Júlio Oliveira dos Santos, onde os alunos se apresentaram.
Estiveram presentes o Vice Prefeito Carlos Roberto Celestino, o Vereador Antônio Fonseca, o Vereador Alexandro e o Secretário Municipal de Cultura Esporte, Lazer e Turismo, Fernando Faria, amparando e apoiando o Esporte da Capoeira e a Cultura que ela representa.
Em seguida deu início a cerimônia de entrega do Certificado e troca de cordões.
Este foi mais um compromisso de colaboração nos eventos voltada a Cultura, Lazer e Esporte da Administração 2009 / 2010 e Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo.
Grupo de Capoeira Memória do Mestre Canjiquinha
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